domingo, 24 de fevereiro de 2013

#DiáriodeIntercâmbio 9 – O que vivi até aqui

Eu ia colocar o título desse texto como “O que vi da vida” em Cape Town, mas acho que ficaria muito global, né?! rs Vocês lembrariam do quadro do Fantástico, e então esperariam alguma declaração bombástica. Não, eu não farei isso, ok? rs

Esse texto só tem o objetivo de contar para vocês como eu estou me sentindo e o que já vivenciei por aqui durante esses 44 dias.

Vim para Cape Town com o objetivo de estudar inglês durante 30 dias, mas, às vezes os planos de Deus para as nossas vidas não são os mesmos que planejamos, mas é sempre o MELHOR, isso eu sei! Então ficarei por aqui até o dia 10 de Abril, totalizando 89 dias nesta maravilhosa cidade Sul Africana.

Desculpa se eu já andei de Leão :)
Cheguei com medo. Do idioma, da adaptação, da violência, dos desafios que estavam por vir. O idioma eu não tinha como fugir, e se fugisse seria burrice, eu vim aqui pra isso. Adaptação faz parte do processo. A violência, hahaha, morei em SP por 4 anos, bobeira minha. Os desafios eu ando encarando.

Lembro que durante a primeira semana em que usei o transporte público para ir até a escola, eu fazia um ritual; deixava as minhas joias em casa, celular e câmera dentro da mochila sem cogitar a hipótese de atender uma ligação ou tirar uma foto de alguma situação interessante. Na segunda semana  eu já estava lindamente ouvindo uma musiquinha dentro do trem com o meu celular, usando o facebook e tirando foto ao mesmo tempo, tranquilinha tranquilinha. Esses dias eu até xinguei o motorista da Van que não parou onde eu pedi, encarei o cara, do mesmo jeito que encarava os folgados no metrô lotado em SP. Mas a recomendação de não usar o transporte público depois do pôr do sol eu sigo até hoje.  Não sou tão atrevida assim.


Atualmente estou morando com 4 meninos africanos e uma alemã. Os meninos são legaizinhos, só me irritam porque não lavam as vasilhas, a menina me irrita porque é preconceituosa que só ela, já cansei de perguntá-la  “o que você está fazendo aqui se não gosta de negros???”.

Colegas de Casa

A diferença de 5h em relação ao Brasil também é uma coisa que me irrita. Detesto esse negócio de fuso horário.  É muito chato ter que ir dormir enquanto as coisas ainda estão acontecendo no Brasil, e pior ainda é ficar acordada enquanto o Brasil inteiro dorme. Fala sério, meu facebook anda tão desinteressante! Nenhuma atualização enquanto estou online :[ hahaha

Minha rotina aqui é: Acordo cedo, vou para o “trabalho”, vou e volto andando, uma caminhada de 30mim pra ir e 30 pra voltar. Eu adoro fazer isso. Consigo aprender e conhecer muito da cultural local ao ir observando as pessoas indo para o trabalho, as crianças uniformizadas indo para a escola, jovens do mundo inteiro indo para a Universidade de Cape Town. Aliás, eu tenho almoçado dentro da universidade todos os dias. E melhor ainda, dentro do campus destinado aos cursos de arte, música. Teve um dia que um estudante veio falar comigo, eu disse que era Jornalista e ele disse que era um ótimo músico e que eu deveria escrever um artigo sobre ele – Duelo de Egos hahaha. A comida de lá nem é tão boa, mas o ambiente é incrível. Passo pelos corredores e os alunos estão tendo aula, ou testes, sempre escuto algum instrumento sendo tocado ou alguém cantando. Fora os cartazes: Procura-se vocalista, festival de Jazz e tantas outras coisas interessantíssimas. Dá vontade de fazer vestibular e viver lá dentro! haha

Outro dia, enquanto eu voltava pra casa, um homem veio falar comigo, disse que eu era muito bonita e queria me encontrar de novo. O truque do “tenho namorado” foi utilizado novamente, mas dessa vez não foi o suficiente, então tive que inventar uma característica para um namorado imaginário. “Meu namorado é bravo, moço”, não adiantou também. Daí eu liguei para um dos meninos que moram comigo e disse que tinha alguém me seguindo, rapidinho o cara sumiu.  

Já visitei muitos pontos turísticos, mas ainda falta muita coisa pra visitar!! Essa semana é de lua cheia, provavelmente vou subir a Lion’s Head para assistir ao pôr do sol. Só estou com medo de descer a montanha no escuro, mas fiquei sabendo que sempre tem um grupo grande descendo e todos se ajudam ;)
Em relação ao meu inglês.... às vezes acho que está evoluindo, às vezes não. É que sempre tem um palhaço que diz: “Seu inglês não é tão bom”, aí eu fico triste, mas ok, eu sei disso, se fosse bom eu não estaria aqui. Mas o engraçado é que as pessoas que realmente convivem comigo, colegas de trabalho, pessoas que me conheceram desde a primeira semana,  falam que meu inglês está melhorando e/ou não é ruim. Então eu sigo assim,  tentando melhorar e não ligando muito. Tem hora que fico brava comigo mesma, mas ok, é só  me dedicar mais um pouco.

Lion's Head - Próxima parada

O fato é que estou feliz por estar aqui, mas contando os dias para voltar ao Brasil. Ou não!? Hahaha A saudade me faz querer voltar, mas a vontade de aprender o idioma e descobrir mais sobre uma cultura tão rica, me pede pra ficar. Daí eu sigo assim, curtindo esse momento importante na minha vida, mas sabendo que uma hora isso aqui vai acabar.

Experiências inesquecíveis 


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Apresentando minha escola #DiáriodeIntercâmbio 8


Diante de todos os meus últimos posts, todos falando sobre passeios, passeios, turismo e mais passeios, acho que vocês já estão desconfiados de que eu realmente tenha vindo para estudar.
Mas para comprovar que eu sou uma moça séria, e que, nem só de Table Mountain e praias a minha vida se resume, hoje eu vou mostrar para vocês a minha escola.

Jardim da escola
No meu primeiro dia de aula cheguei meio perdida, muda, tímida (eu? Tímida? Alguém acreditou?)  Enfim, eu estava querendo mesmo fazer amizades, mas as panelinhas já estavam fechadas. Aliás, as panelinhas de brasileiros, porque ô povo pra fazer panela, Aff!!  Mas sem problemas. A ideia inicial era: não falar português, mas isso é IMPOSSÍVEL!!! Mente o intercambista que falar que não achou brasileiros na cidade em que foi estudar e que não conversou em português.  Aos poucos eu ia identificando os brasileiros, olhava para um lado e via uma havaianas modelo 2012 no pé, Opa! Brasileiro. Olhava para o outro lado, uma calça da Disritmia, Opa! Outro Brasileiro. E no meio de tanta gente que você tem certeza que é “gringo” pelas características físicas, eis que surgiu um sotaque mineiro aqui, outro ali, quando assustei era um grupo de mais ou menos uns 15 mineiros – por isso que eu digo, Cape Town tá pior que Guarapari em época de férias, só dá mineiro!! rs AMEI!! Queria mais era fazer amizade, confiando que alguém tivesse na mala uma marmitinha com feijão tropeiro, frango com quiabo, ou quem sabe uma feijoada...ILUSÃO!! Sofri foi uma resistência para ser aceita no grupo, me senti naqueles filmes americanos, mas nem liguei!! Enquanto isso os Suíços, Alemães, Ingleses queriam mesmo conversar comigo, saber do futebol, do Brasil, da Copa, do Ronaldinho, das comidas, de tudo!


Eu até gostei da escola, do ambiente, da decoração, e gostei mais ainda porque, mesmo encontrando brasileiros aqui e ali, o número de suíços era maior ( normalmente os brasileiros dominam as escolas de Cape Town). Tive contato com pessoas do mundo todo, mas morria de preguiça quando um Suíço ou Alemão vinha me falar que no país dele não existia violência. Ahh tah!! Acredito não!

A escola possui duas filiais, uma no centro da cidade e outra em um bairro residencial de classe média-alta. Minha agência decidiu por mim e me colocou na escola do bairro, gostei, gostei foi muito! Além de ter belas piscinas, jardins e uma decoração incrível, a escola era pertinho do meu hostel (ok, uns 5 minutinhos de trêm).
Minha primeira turma

Minhas aulas começavam às 9h e terminava às 12:40. Na minha primeira sala tinham 3 suíças, uma turca e duas brasileiras, depois mudamos de sala e chegou mais uma suíça, e 3 alemãs, a Turca foi embora.

Festinha... Hummm ;)
Teve um dia que a escola promoveu uma festinha em que deveríamos levar comidas típicas de nossos países, como eu não sou boa pra fazer nada na cozinha, preferi não sujar a imagem do Brasil ( mentira, sou mão de vaca mesmo e não quis gastar dinheiro). Esse dia eu fui pra escola com as melhores expectativas, vocês estão achando que eu estava doida para experimentar a comida dos gringos??? Tô doida agora? Claro que não!! Eu queria mesmo era comer a minha comida brasileira!!! Kkkk Estou cheia de saudade!



Na hora da festinha eu encontrei Torta de Maça, Pasta, muito brigadeiro e bem casados ( os lindos dos brasileiros fizeram os doces!!!! ), sushi, um pastelzinho danado de apimentado representando a comida Sul-Africana. Então, quando eu penso que era só aquilo, me chega uma brasileira com uma travessa de SALPICÃO!! A brasileirada pirou!!! A galera que, já estava com saudade da família, só lembrou dos almoços de domingo em casa, eu nem cheguei a experimentar, não sobrou :( A festinha foi legal, mas eu acho que a única coisa que eu comi foi: Pastelzinho Sul-Africano, os nossos doces e batata chips, apenas.



A decoração da escola é um capítulo a parte. Acho que vai demorar para eu comprar o meu apartamento, mas eu tenho certeza que vou usar a escola como inspiração na hora de decora-lo.
Como todas as outras escolas, a Good Hope tinha programações de passeios para os alunos, com um custo adicional, é claro. Só teve uma coisa que não concordei: no primeiro dia de aula tivemos que pagar R500,00 para “alugar” o livro que seria utilizado na sala de aula, e quando terminássemos, teríamos o dinheiro de volta. Como minha grana tava curta, entreguei o livro uma semana antes de terminarem minhas aulas, mas foi até bom, assim a professora me dava as cópias das páginas  para acompanhar as aulas e ainda ficava com os arquivos pra mim ;) Ai como eu sou esperta!

Minha segunda sala


Na hora do recreio a galera "curtia" a piscina



Aulinha fora da sala

Brasileiras ;)

OMG, How can I say this...

Ushi... Suíça gente boa!

Super indico a Good Hope Studies, os professors são bons, as aulas são dinâmicas e o ambiente é uma delícia!
Paguei apenas 1 mês de curso, porque inicialmente eu ficaria apenas 4 semanas, mas como eu consegui um freela aqui, vou ficar até Abril e terei aulas particulares agora ( tô fina). 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Robben Island, parada obrigatória em Cape Town #DiáriodeIntercâmbio 7


Olá Brasil!!!

Hoje eu vim contar pra vocês como foi minha visita até a Robben Island, Ilha onde nosso amigo Nelson Mandela cumpriu, aproximadamente, 21 anos de sua pena. O passeio começa no Waterfront, cais que contei pra vocês em algumas postagens anteriores.  É lá que você encontra o portão de embarque, paga os R230,00 pelo passeio e de onde saem os barquinhos rumo à Ilha. A “viagem” dura aproximadamente 30mim.  Para quem não está acostumado com o balanço do barquinho ( como eu) vai passar aperto. Dica da tia: Um chicletinho já salva ;)

 


 
Pra quem não sabe ( mas deveria saber) Nelson Mandela foi condenado por ser considerado  um terrorista pelo governo Sul-Africano. Principal representante do movimento Antiapartheid, Mandiba é ovacionado e possui influências, por seu povo e internacionalmente, por ter lutado de forma pacífica e constante pela liberdade e o fim da segregação racial em seu país. 

A Ilha que hoje é considerada patrimônio da Humanidade pela Unesco, já foi utilizada como abrigo para leprosos, pessoas com deficiências mentais, prostitutas soropositivas, etc, está localizada há cerca de 11km da Cidade do Cabo, no extremo sul do continente africano.
 
 
Durante o regime do Apartheid, a Ilha passou a receber presos políticos, considerados os mais perigosos do país, e por isso, deveriam estar em penitenciárias de segurança máxima. O fato é que, presos políticos e comuns viviam nos mesmos ambientes.

 
Assim que chegamos entramos em um ônibus para fazer o Tour por todo os  5,4 km de comprimento que a Ilha possui. Dentro do bus havia um guia que seguiu contanto a história do local. No nosso carro, a guia era uma mulher, com um inglês carregadoooo de sotaque sul-africano. O grupo que estava comigo teve muita dificuldade de entender o que a mulher estava falando. Comentamos sobre essa dificuldade com umas amigas suíças na sala de aula, e elas me disseram que também não tinham entendido muita coisa L Ok. Não estava nem aí, a emoção de estar naquele lugar não permitiu que eu ficasse chateada por não estar entendendo absolutamente nada.
 
Durante o passeio pela Ilha pude ver várias casas ( os funcionários da ilha moram lá ), um cemitério onde eram enterrados os “leprosos” e, obviamente a penitenciária. A vista que temos de Cape Town pela Ilha é incrível, comentei com minha professora que achei o lugar LINDO, e ela quase me bateu. É que o povo daqui fecha os olhos diante da beleza da Ilha, pois não conseguem pensar em outra coisa, a não ser em todo o sofrimento que os presos passaram, a pouquíssimo tempo atrás.

A ilha possui paisagens incríveis

Depois do Tour pela Ilha fomos recepcionados por um ex detento, que nos contou com detalhes tudo o que passou durante o tempo em que estive ali, mostrando os quatro cantos da penitenciária. Os presos tinham horário para tudo, tinham péssimas condições de sobrevivência e trabalhavam em regime de escravidão.



Para entendermos o quão generoso e especial é o Sr. Madiba, durante sua “estadia” na Ilha, Mandela fez questão de construir um Jardim. Depois de muito insistir para conseguir os materiais necessários, ele conseguiu criar o lugar onde considerava ser o mais próximo da liberdade. Mesmo diante de toda a situação em que viva, ele só pensava em plantar a “liberdade”.


Já no fim do passeio que tem duração de aproximadamente 4h, conhecemos a cela onde Mandela passava os dias pensando em como transformar o seu país em um lugar melhor, uma Nação Arco-Iris, segundo ele.
Mr. Mandela was here


Depois de visitar a Ilha, assisti o filme Invictus, que tem Morgan Freeman interpretando Mandela. O filme conta a história de Mandela, logo após ser eleito presidente da África do Sul, e paralelamente a história do Rugby no país. O esporte era exclusividade dos brancos, enquanto os negros sul-africanos jogavam futebol. Não vou contar o filme, senão perde a graça, mas super indico para quem ainda não assistiu. É de arrepiar.
 E você, já assistiu o filme? Se sim, comente!!! Se não, comente também ;)
 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Garden Route - #DiáriodeIntercâmbio 6

Olá Brasil!!!!!

Estão preparados para sentir medo, emoção, frio na barriga, alegria, tudo misturado??? Pois foi isso tudo que passei no último final de semana e vou tentar contar pra vocês nos míiiiinimos detalhes!! Esse post está longo, mas vai valer a pena, prometo!!!


Babuínos na estrada <3 Muito amor!
No último final de semana, eu e mais sete brasileiros alugamos um carro e pegamos estrada. O nome desse passeio é Garden Route, é uma espécie de rota, que pode durar entre 3 à 7 dias, parando em várias cidades com atrações turísticas incríveis. O bacana do nosso grupo é que nós mesmos definimos nosso roteiro, destino, fizemos planos e optamos pelo plano b em alguns momentos, tudo na mais pura liberdade e tranquilidade. As estradas aqui são um tapetinho!!! Em 4 dias de viagem ( sexta, sábado, domingo e segunda) só pagamos pedágio UMA vez!!! E pouca coisa ainda, não me lembro do valor, mas, com certeza foi baratinho. Sabe quando você viaja de carro pelo Brasil e encontra algumas vaquinhas e cavalos soltos pela estrada? Aqui nós encontramos Babuínos!! Deu uma vontade de descer do carro e pegá-los no colo, massssss como eles não eram de brinquedo, preferi tirar algumas fotos de dentro do carro mesmo rs



1ºDia - Sexta-feira
Saímos de Cape Town às 17h com destino à Mossel Bay. Cidade à 4h de Cape Town, banhada pelo oceano índico. De acordo com o nosso roteiro a ideia era: Chegar a noite, dormir em um Hostel e partir bem cedinho para um SAFARI!!!!  O Bom da Garden Route é isso. Sai muito mais barato você fazer essa viagem e fazer um Safari do que pagar pelos “Games Drivers” próximos de Cape Town. Para vocês terem uma ideia, minha amiga Mathilda pagou R2500,00 por 2h de Safari, em uma reserva à 2h de Cape Town. Eu gastei um pouquinho a mais que isso, pra viajar por 4 dias com hostel, passeios, aluguel do carro, comida e tudinho incluso ;) VALE A PENA fazer a GARDEN ROUTE!!!

2ºDia – Sábado
Acordamos às 7h da matina rumo ao Safari. Meu coraçãozinho já estava na mão. Eu li em livros e blogs que encontrar os Big5 – Leão, Búfalo, Elefante, Leopardo e Rinoceronte – no primeiro safari, só acontece com quem tem muita intimidade com o cara lá de cima, porque é muita sorte!!! Mas enfim, parti para o passeio, como sempre, com boas expectativas. Chegando lá, enquanto esperávamos pelo nosso carrinho de passeio, vimos um Elefante transitando bem próximo à recepção. Já ganhei meu dia? NÃO! Eu queria ver o LEÃO!!! Ok.  Entramos no carrinho e eu, lindamente, escolhi o último assento, no cantinho, para que nenhuma cabeça de turista atrapalhasse a minha visão. Tudo bem que eu seria a primeira opção se algum bicho resolvesse comer alguém, mas, arrisquei.





Adivinhe qual foi o primeiro bicho que vimos???? Leão!! Um não, TRÊS!!! Um leão jovem e duas leoas. Avistamos os bichanos de longe, o guia partiu com o carrinho atrás das feras e parou bem em frente à rota dos bichos. Eu, por estar sentada onde disse pra vocês, fui privilegiada, ou não. Os 3 “leões” resolveram fiscalizar o que estávamos fazendo ali. Rondaram o carro e olharam nos nossos olhos. Neste momento eu já tinha tirado bastante foto, acreditando que seriam meus últimos momentos de vida. Sério!! Meus olhos encheram de lágrimas!! Eu não sabia se era felicidade ou medo, medo ou felicidade. Só descobri que era medo quando me vi deitada no chão do carro, tirando fotos pela gretinha dos bancos, é claro, mas agradecendo à Deus por aquele momento e pedindo para que Ele me deixasse sair viva dali para ver as Girafinhas também rs. Exagero meu né gente, mas eu sou assim.

Foto sem Zoom <3


Tropa


Ficamos bastante tempo ali, parados, admirando o rei e as rainhas, foi maravilhoso, depois partimos à procura de mais bichinhos. Depois disso começou a viadagem. Como tem Antílopes nesse lugar!!! Diferentes tipos e formas de veados, com rabo colorido, sem rabo, com listras nos rabos, com chifre, sem chifre, uns parecidos com o Bambi, outros parecidos com Búfalos. Como eu não sou bióloga, para mim era tudo igual. O guia até explicava a diferença de cada um, o preço que cada um custava e blábláblá, mas meu nível de inglês não me permitia compreender tudo, tudo.



Seguimos viagem, o passeio tinha duração de 3 horas, mas eu não via a hora de ver as Girafas, eu tinha que tirar foto com elas pra mostrar para o meu primo de 2 aninhos que vi o Melman ;) Mas o próximo bicho que vimos foi o Rinoceronte (3º Big Five do dia \o/). Encontramos 3 deitadinhos na sombra de uma árvore, todos com os chifres cortados :( Que dó!!! Centenas e Centenas de rhinos morrem por ano, tudo porque uma cambada de gente má vende o quilo do chifre por um preço que ultrapassa o do ouro. Essa gente arranca os chifres do bichinho, e o animal aganoniza até a morte.





Depois disso vimos Zebras, Girafas, mais veadinhos, e mais Elefantes. Foram as 3 horas mais proveitosas da minha vida, eu acho. Era tudo muito lindo e emocionante. Eu me arrepiava a cada vez que encontrávamos um animal diferente, os olhos enchiam de lágrimas, foi incrível. Terminamos o passeio de 3h satisfeitíssimos. Ok, não vi Búfalo nem Leopardo, mas foi perfeito! Eu posso até indicar o nome do Safari que fizemos – Botlierskop, há 25mim de Mossel Bay – mas como eu disse, fazer Safari é sorte, você pode ver todos os bichos em 2h, ou não ver nenhum, ou ver de perto, ou ver de muito muito muito longe. Acho que meu grupo teve MUITA sorte!!










A tarde seguimos com a Garden Route. A próxima cidade seria Oudtshoorn e estava há 1h dali.  Visitamos o Cango Wildlife Ranch, um parque onde encontramos vários bichos que não vimos no Safari, e melhor, podíamos tocar em alguns, pagando por isso, é claro.  O parque não tinha a mesma emoção de ver os animais soltos, como na reserva ambiental que fizemos o safari, mas valeu a pena. Vimos crocodilos, hipopótamos, leões e tigres brancos, chetaah, leopardo, entre outros. Eu brinquei e tirei foto com um Tigre Baby e com Lêmures. Adorei!!!  




Lindo!!!


Amiguinhos

Chetaah dopada



Um grupo de amigos optou por tirar foto com a Cheetah, animal sulafricano muito parecido com a nossa Onça (na minha visão de não bióloga ). O pessoal não gostou muito porque o bichinho estava dopado, coitado. Mas temos que entender que, se a cheetah não estivesse dopada, ninguém poderia entrar na jaula, muito menos abraça-la para tirar foto, né?!
Fechamos o Sábado felizes da vida!! Realizados! Seguimos para Jeffreys Bay!!!

Jeffreys Bay \o/
3ºDia – Domingo
De sábado para domingo dormimos em um Flat, há 1mim andando de uma das praias mais sonhadas pelos surfistas do mundo todinho, JEFFREYS BAYYY!!! E como eu não sou surfista, eu só posso dizer que a praia era linda!!! E o melhor, a água era uma delícia!! Depois de 15 dias aqui, eu, finalmente, tomei banho de mar, e no oceano Índico \o/. A atração principal de domingo era: PULAR NO MAIOR BUNGY JUMP DO MUNDO. Como eu sou uma moça comportada e tenho família me esperando no Brasil, eu não fiz essa loucura ( mentira, eu tenho medo de altura mesmo). 4 colegas do grupo seguiram para o Bungy. Eu e mais 3, que resolveram não pular também, ficamos curtindo a praia e os Out Lets que tinham na cidade. No final do dia partimos para Mossel Bay para adiantar a viagem de volta pra casa.






4ªDia – Segunda
De domingo para segunda dormimos no hostel mais exótico que já vi. O local é, na verdade, um antigo trêm desativado, e o melhor, estacionado de frente para o mar \o/. Pra ficar melhor ainda, era noite de lua cheia, ou seja, dormimos em um trem, com o barulhinho do mar e com a lua cheia na janela!! Perfeito!! Levantamos cedinho para tirar foto do local, já que chegamos a noite e não fizemos a ronda pela região. 






No caminho de volta para Cape Town paramos na ponte que os “loucos” pularam de Bungy. Tive a certeza que fiz a escolha certa. Ok que o visual era incrível, mas encarar 216m, com apenas uma cordinha nos pés é só para loucos, caretas, como eu, não!

Ponte do Bungy Jump